Energia solar ganha cada vez mais espaço no cenário energético Energia solar ganha cada vez mais espaço no cenário energético

Crescimento da fonte de energia vem crescendo a cada ano, impulsionada pela necessidade de alternativas sustentáveis

O agravamento das mudanças climáticas torna ainda mais necessária a procura por fontes alternativas de energia. Um modelo pouco aproveitado é a energia solar, que transforma a luminosidade emitida pelo sol, de forma limpa e inesgotável, em eletricidade. As novas tecnologias permitem que se garanta a máxima eficiência deste tipo de fonte, tornando-a totalmente viável para o uso em larga escala.

Seu uso é mais comum em países com maior incidência de sol, o que facilita a captação e possibilita que ela seja completa. Mas isso não é um fator que comprometa sua utilização em locais mais ao norte, por exemplo, onde a luz solar é mais tênue. Sua obtenção pode ocorrer de duas formas: direta ou indireta. A forma direta corresponde a captação através das células fotovoltaicas, onde a luz é convertida diretamente em eletricidade. Isto ocorre quando os fótons, presentes na luz solar, atingem os átomos, emitindo elétrons e, por fim, corrente elétrica. Já a forma indireta ocorre a partir de usinas de insolação, que concentra a energia solar em um único ponto, a partir de coletores espalhados em áreas extensas. A temperatura neste ponto aumenta consideravelmente, permitindo ser utilizada para gerar vapor e, consequentemente, eletricidade.

Segundo o relatório “Um Banho de Sol para o Brasil”, do Instituto Vitae Civilis, o Brasil recebe até 50 mil vezes (em torno de 15 trilhões de MWh) o seu consumo anual de energia solar. Entretanto, ainda há muito pouco investimento no setor. Esta é uma fonte de energia que cresce 30% ao ano, em todo o mundo. Nosso país não se encontra nem entre os dez maiores utilizadores do sistema, representando apenas 0,01% da energia total. Atualmente operam 164 usinas solares, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). As maiores atualmente são a Usina de Tubarão, no sul de Santa Catarina e a Usina Fotovoltaica Cidade Azul, no Ceará.

A implantação da energia solar ainda encontra diversas barreiras como o alto custo inicial, problemas com financiamentos, falta de capacitação e desinteresse do setor elétrico. Além de que não há normas ou políticas públicas que auxiliem no seu uso. Mas o Brasil, cada vez mais, está caminhando na direção de um cenário mais favorável. É imperativo que se invista em alternativas para contornar os desafios energéticos enfrentados atualmente, além de reduzir o impacto sobre as mudanças climáticas.

Gisela Lopes

Incansável na defesa dos animais e na busca de soluções para o lixo. Luta pela conscientização das pessoas para as questões ambientais e a valorização do uso dos poucos recursos naturais que ainda nos resta.

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