Salto, à 100 km de São Paulo, sofre a invasão de lama, lixo e esgoto do rio Tiete.
Meio Ambiente 10 de setembro de 2015 Gisela Lopes 0
Em 2014, a cidade de Salto no interior de São Paulo promoveu um mutirão histórico com a população para limpar o lixo do leito do rio Tiete que retirou 18 toneladas de lixo – 12 toneladas apenas na região do complexo das cachoeiras, um dos principais pontos turísticos da cidade.
Porém, em junho de 2015 as águas voltaram a apresentar colocação escura e o rio ficou acinzentado chegando a ficar preta. A cor normal voltou alguns dias depois. Mas em novembro deste ano ocorreu mais um fenômeno de espumas negras que matou 40 toneladas de peixes. Acredite , é um volume imenso de peixes.
De ontem para hoje a população foi surpreendida com uma lama negra que invadiu a cidade. Tudo isso, é reflexo das chuvas dos últimos dias que levou toda a poluição do Rio Tiete para dentro da cidade. Esta espuma é formada por lixo, sabão e detergente. Tudo que é jogado no rio Tiete sem nenhum tratamento.
O rio nasce em Salesópolis (SP), perto da Serra do Mar. Ao seguir seu percurso é agredido em todo seu percurso principalmente quando passa por São Paulo carregando todo o lixo e detergente que transbordou em Salto que é um ponto turístico, mas com sério risco de sumir.
A Sabesp e a Cetesb são responsáveis pelo controle da emissão de poluentes que atinge o Rio Tietê e não há previsão de nenhuma ação de limpeza local do Rio.
São Paulo perde muito em não exigir novas leis com e isenção de impostos para quem trata da emissão das águas antes de acessar o sistema de esgoto.
Este é um assunto invisível para maioria das pessoas, por isso é um problema. A Sabesp e Cetesb, Prefeituras e Governo do Estado precisam estimular concursos de peso para atrair talentos como estudantes, engenheiros, técnicos, arquitetos a criar soluções estruturadas e de concreta e rápida implantação. É uma grande oportunidade para apoiar empresas à produzir equipamentos para o tratamento da água e promover incentivos fiscais.
Nossos rios estão morrendo, precisamos reagir.
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