Pesquisadores buscam utilizar drones para reflorestamento Pesquisadores buscam utilizar drones para reflorestamento

Tecnologia recente pode se tornar grande aliada na recuperação das florestas por todo o mundo.

O desmatamento de florestas pelo mundo aumenta a cada ano, alcançando a marca de 26 bilhões de árvores, questão de grande impacto na mudança climática. Entre os anos 2000 e 2012, foram perdidos o equivalente ao território da Mongólia. Entretanto, o ritmo de reposição é lento, alcançando apenas 15 bilhões de plantas. Os processos atuais são ineficientes para diminuir essa diferença, uma vez que o corte da vegetação utiliza processos automatizados. Mas uma nova tecnologia está se tornando uma aliada no reflorestamento: os drones.

Os drones são uma tecnologia recente, mas que está se popularizando em inúmeros setores da sociedade com rapidez. O equipamento não passa de pequenos robôs voadores controlados por alguém em terra, podendo executar diversas tarefas com facilidade. De olho nestas possibilidades, a startup BioCarbon Engineering, liderada pelo engenheiro Leuren Fletcher, planeja utilizar o aparelho para o plantio em escala industrial de até 1 bilhão de árvores por ano. É um projeto ambicioso, mas muitos já o vê com otimismo.

O processo é combina alta tecnologia para alcançar precisão no cultivo das espécies, a fim de garantir taxas maiores de sucesso. Primeiro, o drone sobrevoa sobre a região a ser reflorestada, mapeando o local em três dimensões de acordo com as suas características e necessidades de reposição. Os dados coletados são importantes para os pesquisadores em terra escolherem a técnica ideal de plantio. Após este processo, o equipamento percorre a área em uma altura de 2 a 3 metros, liberando pequenas cápsulas contendo sementes germinadas, que se abrem ao entrar em contato com o solo.

É uma solução alternativa que, não necessariamente, é melhor que o plantio manual, porém é muito mais barato e rápido, podendo alcançar uma taxa de até 10 sementes por minuto. “Nos esperamos diminuir drasticamente o custo do plantio de árvores de forma que possamos inspirar governos a investir em projetos de reflorestamento”, disse Fletcher, em entrevista para a revista WIRED. A BioCarbon planeja trabalhar com companhias florestais, governos e ONGs em todo o mundo. Os criadores acreditam ainda no impacto social que o projeto tem, auxiliando na disponibilidade de novos materiais e criação de empregos, além da compensação da emissão de dióxido de carbono na atmosfera.

Gisela Lopes

Incansável na defesa dos animais e na busca de soluções para o lixo. Luta pela conscientização das pessoas para as questões ambientais e a valorização do uso dos poucos recursos naturais que ainda nos resta.

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