São Paulo avança no campo da coleta seletiva

Prefeitura espera reciclar até 10% de todo o lixo produzido na capital até 2016 com 4 centros de triagem de materiais mecanizados

O prefeito da cidade de São Paulo, Fernando Haddad, anunciou em sua campanha eleitoral o aumento da capacidade da capital de processamento de lixo reciclável para 10% do total. Na época de sua posse, apenas 2% era aproveitado nas usinas. Até o ano passado, a prefeitura inaugurou 2 centros de triagem de material, com o intuito de ter 4 delas até 2016.

Atualmente, 85 dos 96 distritos da capital paulista possuem o serviço de coleta seletiva parcial ou universalizada, realizada pelas centrais e concessionárias Ecourbis (regiões sul e sudeste) e Loga (regiões norte, oeste e central). Quem não é contemplado, pode entregar o lixo já separado em um dos 1.600 Postos de Entrega Voluntária espalhados pela cidade. Hoje a cidade gera em torno de 10,5 mil toneladas de lixo por dia. A prefeitura da capital ainda investe na aquisição de caminhões para expandir a coleta no maior número possível de regiões. Atualmente são 31 atendidos pela coleta universalizada, com previsão de chegar a 40 até o final do ano.

A primeira usina de triagem de materiais foi aberta em junho de 2014, na Ponte Pequena, região central. A segunda foi implantada no Jardim Sabará, região sul da cidade, contendo mais de 4.800 m² de área. Ambas podem processar até 750 toneladas de lixo por dia, atendendo cerca de 4,7 milhões de pessoas. Para separar o material reciclável, são utilizadas máquinas de alta tecnologia, novidade na América Latina, que realiza a leitura do tipo e tamanho deles através de um sensor ótico e os organiza adequadamente. Esse material é depois vendido para indústrias ou outros órgãos. Foram investidos RS59 milhões de reais na instalação destas centrais.

Com esta grande capacidade das usinas de triagem, elas atuam com um serviço maior que a demanda. Os moradores já não separam o seu lixo tanto quanto costumavam fazer, uma vez que, por muito tempo, essa coleta era ineficiente ou até inexistente. A prefeitura municipal tem como foco a instituição de ações educativas que levem os moradores a entender a importância dessa separação. E, além disso, expandir o serviço a fim de abranger bairros inteiros e não apenas ruas específicas.